Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A defesa da vida e da família

Subsídios para reflexão

Prof. Humberto L. Vieira
Presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família
Membro da Pontifícia Academia para a Vida



Nunca a família e a vida estiveram tão ameaçadas como nos dias de hoje! O avanço
tecnológico e as transformações sociais, sem uma preocupação ética, têm motivado
uma série de problemas que levam, de um lado, à destruição de vidas humanas, de
outro, a desagregação da família.

Além disso a disputa pelo domínio político do mundo e os projetos dos grupos que
buscam a hegemonia da “raça de puro sangue” têm causado verdadeira ameaça à
humanidade. Hoje os projetos políticos e demográficos impostos ao chamado
“Terceiro Mundo” pelos países do norte que se sentem ameaçados pelo crescimento
demográfico e pelo desenvolvimento do sul, são em grande parte responsáveis pela
“cultura da morte” de que nos fala o Santo Padre, João Paulo II, em sua recente
encíclica “Evangaelium Vitae”.

O documento “Implicações do crescimento da população mundial para a
segurança dos Estados Unidos e de seus interesses externos”, também
conhecido como “Relatório Kissinger”, concluído em 1974 e codificado como
confidencial (“NSSM 200”), desclassificado pela Casa Branca em 1989, traz à tona
valiosas informações para se entender o problema do controle de população no
mundo.

Por outro lado, vários outros documentos de grupos eugênicos explicam
procedimentos e projetos em curso para as transformações sociais que implicam na
destruição de conceitos éticos e morais da sociedade. Entre estes grupos o mais
importante pela atuação e abrangência em termos mundiais está a IPPF -
International Planned Parenthood Federation (Federação internacional de
Planejamento Familiar). Esta organização tem sede em Londres e mantém 142 filiais
em todo o mundo. No Brasil sua filial é a BEMFAM-Sociedade Civil de Bem-Estar
Familiar. A IPPF foi criada em 1952, embora já existisse com outra denominação
desde o início do século. Criada sob os auspícios da Sociedade de Eugenia inglesa
teve o apoio do “Population Council” e sua primeira presidente foi a Sra. Margareth
Sanger, falecida na década de 60.

Essas organizações, tanto as de origem política como as de origem racista
estabelecem diretrizes e estratégias para conseguirem seus objetivos.

Entre as estratégias estabelecidas pelo Relatório Kissinger estão:

“A condição e a utilização das mulheres nas sociedades dos países
subdesenvolvidos são particularmente importantes na redução do
tamanho da família... As pesquisas mostram que a redução da
fertilidade está relacionada com o trabalho fora do lar” (NSSM 200, pag.
151).

“Ter como prioridade educar e ensinar sistematicamente a próxima
geração a desejar famílias menos numerosas” (Idem pág. 111)

“ A grande necessidade é convencer a população que é para seu
benefício individual e nacional ter em média, só 3 ou então dois filhos”
(Idem, pág. 158)

“... devemos mostrar nossa ênfase no direito de cada pessoa e casal
determinar livremente e de maneira responsável o número e o
espaçamento de seus filhos e no direito de terem informações,
educação e meios para realizar isso, e mostrar que nós estamos
sempre interessados em melhorar o bem-estar de todos” (Idem pág. 22,
§ 34).

“Há também o perigo de que alguns líderes dos países menos
desenvolvidos vejam as pressões dos países desenvolvidos na questão
do planejamento familiar como forma de imperialismo econômico e
racial; isso bem poderia gerar um sério protesto” (Idem pág. 106).

As pressões a que alude o relatório Kissinger são várias, entre elas:

a) convênios de ajuda condicionada a providências dos governos no sentido de
reduzir o crescimento populacional;

b) renegociação da dívida externa com condições impostas aos países em
desenvolvimento;

c) empréstimos externos para áreas que significam redução da população, como por
exemplo implantação do “planejamento familiar” (controle de população) com
distribuição e incentivo ao uso de métodos artificiais e promoção da mentalidade
contraceptiva, etc.

Não é por acaso que as coisas acontecem e que muitas vezes não percebemos
claramente. Dentro deste contexto é explicável a não destinação de recursos para as
áreas de educação e saúde. Se a população tem atendimento em hospitais públicos
e de escolas públicas de bom padrão isso significa estímulo a procriação, ao
aumento do número de filhos. Enquanto que, se os hospitais e escolas públicas não
são suficientes ou mesmo se estão em estado precário, os pais se obrigam a
colocar seus filhos em escolas particulares e a levar seus filhos para atendimento em
hospitais particulares ou pagarem um plano de saúde. Nesse caso raciocinam: não
se pode ter mais de 2 filhos uma vez que a vida hoje está difícil. Escolas caras,
médicos e hospitais, uma fortuna. É sem dúvida uma estratégia que traz seus efeitos
no controle populacional. Um outro exemplo é a redução de descontos para
abatimentos quando da declaração anual de renda. A redução dos descontos com
educação, assistência médica etc constitui uma forma de pressão para se ter
poucos filhos.

Se, de um lado existem as pressões econômicas, de outro, os projetos chamados de
“Projetos de População” criam condições para uma efetiva redução do número de
filhos. Nesses projetos são investidos milhões de dólares do Governo Americano,
através da USAID e de outros governos do chamado Primeiro Mundo (Japão,
Canadá, Alemanha, etc). Entre esses projetos estão: o de esterilização, de
distribuição de meios contraceptivos (pílulas, DIUs, preservativos, injetáveis etc); os
de “educação sexual”, voltada para a criação de uma mentalidade contraceptiva e de
destruição dos padrões morais da sociedade; os de treinamento de pessoal médico
para assistência ao “planejamento familiar, para organização de congressos,
seminários etc, além de recursos destinados à mídia e ao assessoramento “lobby”
no Congresso Nacional para aprovação de leis que legalizem a contracepção, a
esterilização e o aborto.

Nada do que está acontecendo no Terceiro Mundo e particularmente no Brasil, em
matéria de controle populacional, de “educação sexual”, de “planejamento familiar” é
por acaso. Tudo isso faz parte de um planejamento muito bem elaborado e com altos
investimentos em dólares.

O problema da educação sexual

Poucos pais já se deram conta do que estão ensinando a seus filhos nas escolas,
desde o jardim da infância até o 2º grau, em matéria de educação sexual.

Em grande parte esse desconhecimento dos pais é resultado da estratégia colocada
em prática na fase de experiência da implantação do chamado “Programa de
Educação Sexual” nas escolas. Uma dessas estratégias é dizer a nossos filhos
que esse é um assunto entre professor e aluno e que os pais não devem tomar
conhecimento: “não iriam entender...”, “não estão atualizados...”, “teriam vergonha de
falar com eles sobre o assunto, etc. Não foram poucos os pais que se
surpreenderam, após algumas palestras que proferimos sobre o assunto, ao
verificarem os deveres de escola de seus filhos.

Mas essa fase de “experiência” já está passando e agora a coisa está caminhando
para ser oficial. Ao retirarem os recursos destinados à “Educação Religiosa” nas
escolas pretendem gastar com o programa de “Educação Sexual”, agora não mais
camuflado sobre denominações diversas como “educação para a saúde”, “educação
para a família”, “educação para a vida sexual” etc. mas claramente com a
denominação de educação sexual.

Esse programa, já colocado em prática em várias escolas oficiais e particulares, é
orientado para a destruição dos valores cristãos, a mudança de conceitos morais e
éticos, além de minar os alicerces da família.

Nesses programas ensina-se por exemplo que o homossexualismo é um
procedimento normal. Todo ser humano nasce com tendências homossexuais e que
tudo depende da “orientação” sexual que o indivíduo toma em sua vida ativa. A
virgindade é um tabu, como também o incesto (relações sexuais entre irmãos e
parentes consanguíneos). Esses tabus, segundo os promotores da educação sexual
hedonista, devem ser extintos para uma verdadeira realização sexual.

No livro “Saúde Sexual e Reprodutiva - Ensinando a Ensinar”, destinado à
formação de professores de educação sexual encontramos:

O incesto é, ainda hoje, um tabu em muitas sociedades no mundo
inteiro. Mas outros tabus vão e vêm - dependendo muito do momento
histórico e da cultura em que aparecem. É preciso deixar claro que o
tabu também se alimenta de crenças irracionais e, por isso mesmo,
torna-se passível de mudança quando essas crenças começam a ser
trabalhadas em um determinado grupo.

A virgindade, por exemplo, é algo que até bem pouco tempo era um
tabu muito forte nas sociedades ocidentais” (Saúde Sexual &
Reprodutiva - Ensinando a Ensinar, Ricardo C. Cavalcanti e outros,
pág. 247).

Esse livro foi financiado pelo “The Pathfinder Fund”, uma das organizações que
recebem fundos da USAID para o controle populacional. Centenas de professores já
foram formados, no Brasil, em cursos patrocinados por aqueles grupos, com base
nesse manual. Evidentemente que além desses conceitos o programa dá ênfase ao
uso de métodos artificiais de controle de nascimentos.

Pouca gente sabe que o programa deste livro foi aprovado pela Portaria nº 678, de
14 de maio de 1991, do Ministro da Educação (D.O.U. de 15.5.91). Desde aquele
ano vêm sendo ministrados cursos para formação de professores de educação
sexual.

Além disso publicações diversas, até mesmo livros editados por livrarias católicas
(no caso Editora Paulinas), como “Educação Sexual nas Escolas”, de autoria de
Maria Helena Matarazzo vêm levando aos desavisados conceitos estapafúrdios
sobre educação sexual. Isso sem falar nas “cartilhas” pornográficas, já de
conhecimento público, publicadas pelo Ministério da Saúde com recursos externos.

Associam a esses projetos a maciça propaganda do sexo livre, do
homossexualismo, da infidelidade conjugal, do aborto, da contracepção etc.
veiculada pelos meios de comunicações, TV, rádio, jornais, cinemas e mais
recentemente pela Internet. Grande parte dessa propaganda é financiada com
recursos dos grupos promotores da “cultura da morte”. Nos chamados projetos de
população encontramos centenas de milhares de dólares destinados à mídia. A rede
Globo, por exemplo, ganhou como prêmio 2 medalhas, no Exterior, por ter veiculado
em horário nobre novelas com conteúdo (cujo enredo) leva àqueles objetivos.

Mas o fenômeno não se restringe ao Brasil. Aqueles grupos agem em todo o mundo.
Assim temos programas semelhantes com o mesmo conteúdo para os vários países.
Essa situação preocupou o Pontifício Conselho para a Família o que fez com que
fosse publicado o documento “Sexualidade Humana - Verdade e Significado,
Orientações Educativas em Família”. Documento este que deveria ser lido por
todos que se preocupam com a formação de seus filhos.

A contracepção leva ao aborto

A idéia desenvolvida pelos antinatalistas de que se deve evitar o aborto com o uso
de anticoncepcionais é uma idéia falsa. Esta é uma estratégia utilizada pelos
promotores do aborto para, num primeiro momento, conscientizar a comunidade
para o uso do sexo livre, resultando na promiscuidade sexual e num segundo
momento falar da “gravidez indesejada” e oferecer como alternativa o aborto. Se
falha o método e se tem uma gravidez indesejada a solução é abortar. Segue-se daí
a campanha para a legalização do aborto. Nos países em que se legalizou o aborto,
primeiramente se desenvolveu o “planejamento familiar” com métodos
anticonceptivos (pílulas, DIUs, preservativos etc), para depois se falar em legalização
do aborto.

Por outro lado, sabemos hoje que os métodos artificiais de planejamento familiar
mais usados, em sua maioria são abortivos. A pílula poderá provocar o aborto na
fase inicial da vida humana. A chamada mini-pílula (com baixo teor de hormônio)
provoca aborto em 25 a 40% dos casos. Todo DIU é abortivo: impede a nidação do
embrião. Os injetáveis hormonais também provocam abortos.

Mais recentemente, com o desenvolvimento das pesquisas nessas áreas de
reprodução humana, o aborto cirúrgico vem cedendo lugar ao aborto químico. Em
vários países a “gravidez indesejada” já não constitui problema para a mulher que
poderá promover o “aborto no silêncio”. É o caso da RU-486, da pílula do dia
seguinte e outros artefatos que estão sendo pesquisados para que a mulher possa
provocar abortos sem a participação de terceiros. Preserva-se, dizem, a intimidade
da mulher. Não é necessário que outros tomem conhecimento de sua decisão.

A solução está na “regulação da fertilidade” através dos métodos naturais. Quando
há motivos que justifiquem o casal poderá espacejar seus filhos sem contrariar a lei
natural, usando os dias férteis da mulher quando deseja um filho e abstendo-se de
relações sexuais durante esse período se não deseja uma nova gravidez naquele
momento. Os métodos naturais são mais eficazes que os artificiais, segundo
pesquisa feita pela OMS em cinco continentes. O método Billings e o da temperatura
basal estão ao alcance de qualquer casal e não custam nada. Talvez por isso ainda
não são divulgados como deveriam.

Contracepção - aspecto político

A discussão desse tema não mais se restringe a saber quando começa a vida, nem
à liberdade de o casal determinar quantos filhos podem criar e educar. Os cientistas,
os pró-vidas, os defensores do aborto e o público de uma maneira geral já sabem
que a vida começa com a concepção. Por outro lado os controlistas dizem que os
pais têm a liberdade de escolher quantos filhos querem ter. O problema se restringe
a analisar o aspecto político da questão.

A promoção do aborto e da contracepção e sua legalização está ligada a interesses
políticos dos países ricos e à melhoria da raça humana, defendida por grupos
eugênicos. Disso nos dá conta inúmeros documentos além do já citado “Relatório
Kissinger”.

Para se ter uma idéia as recomendações daqueles documentos se materializam nos
“Projetos de População” publicados pelo “Fundo de População das Nações
Unidas (FNUAP)” para todo o Terceiro Mundo. Só para o Brasil foram investidos
oficialmente pelos grupos de controle de população 836 milhões de dólares, nesses
últimos 5 anos. Isso sem contar os recursos “extra-orçamentários” destinados ao
“lobby” do aborto e da contracepção, no Congresso Nacional e os destinados a
algumas organizações anti-vida como as “Católicas pelo Direito de Decidir”.

Dentre os projetos para o Brasil estão: Curso de formação de professores de
educação sexual, distribuição de contraceptivos, recursos para a mídia, apoio a
congressos, seminários, etc onde se discute a legalização do casamento de
homossexuais, aborto, educação sexual, recursos destinados a movimentos
feministas, ao “lobby” no Congresso Nacional, etc, etc.

Entre as organizações financiadoras desses projetos estão: o UNICEF, o FNUAP, a
OMS, UNIFEM, e entidades como a IPPF, a USAID, Fundação Ford, Fundação
MacArthur, Fundação Rockfeller e outras.

No Brasil encontramos como executores dessa política várias organizações
feministas, universidades, governos federal, estadual e municipal. Os promotores do
aborto e da contracepção estão nas ante-salas do Poder e nos gabinetes de
dirigentes.

Pistas para reflexão e ação

Diante de tudo isso o que podemos fazer para defender nossos valores, nossa
cultura, a família e a vida?

Analisemos algumas pistas para reflexão.

1) Divulgar informações. A mãe procura o aborto porque não sabe a verdadeira
natureza desse crime. Os pais não se movimentam em protesto porque
desconhecem o que estão ensinando a seus filhos nas escolas. Os parlamentares
defensores do aborto são reeleitos porque os eleitores não estão informados de seu
trabalho antivida. Muitos deputados e senadores não sabem que estão sendo
“usados” por grupos internacionais de controle populacional.

2) Informar-se para não se deixar levar pela mentira. Como a verdade não serve
aos interesses dos promotores da “cultura da morte” mente-se e repete-se a mentira
para tentar convencer os incautos dos benefícios de seus projetos. O aborto foi
introduzido nos EE.UU. por uma mentira: a mulher, que requereu à Suprema Corte o
direito de abortar, confessou que nem grávida estava; o Presidente Clinton ao vetar a
lei que proibia o aborto a nascimento incompleto o fez baseado em declarações de
que se aplicava apenas nos casos de risco de vida da mãe ou de má formação
congênita e que esses casos seriam raríssimos. Hoje o Presidente da Associação
de Clínicas de Aborto nos EE.UU. que congrega mais de 200 dessas clínicas
confessa que mentiu ao dar aquelas informações e que na quase totalidade dos
casos (10.500 e não alguns casos com faria crer) mães e filhos são sadios.

Entre nós as mentiras se repetem: 400 mil mulheres morrem por abortos
clandestinos! quando sabem que esses casos não chegam a uma centena. O PL
20/91 que regulamenta os casos de aborto por estupro e risco de vida da mãe
apenas quer assegurar o atendimento desses casos para os pobres, uma vez que os
ricos podem pagar para fazer abortos. Quando na verdade o projeto torna o aborto a
pedido. Queremos que o casal decida quantos filhos deseja ter e colocar a sua
disposição os meios e métodos para isso. Na realidade o número de filhos pode ser
qualquer um, contanto que seja de 2 filhos por casal. Estamos defendendo o direito
da mulher, quando na verdade estão defendendo os interesses internacionais e
explorando a mulher. Nossa organização de mulheres defende a causa da mulher.
Quando na verdade está sendo paga para isso; e muito bem paga para defender
interesses do imperialismo internacional. etc.etc.

3) Ação política. Quando elegemos alguém para um cargo político (deputado,
senador, presidente da república, governador, prefeito, vereador) estamos passando
uma procuração para que, em nosso nome, possa dizer o que é melhor para a
comunidade. Assim, devemos acompanhar o trabalho dos que se elegeram com
nosso voto para saber como estão procedendo. Dessa maneira podemos
parabenizá-lo quando o trabalho do político atende a nossas expectativas, ou
censurá-lo quando se pronunciam ou votam contra nossa vontade. O que acontece é
que cumprimos a obrigação do voto e não sabemos mais o que acontece com o
eleito. Até mesmo nos esquecemos em quem votamos nas últimas eleições. Ora o
político é assediado pelos mais variados “lobies” e a tendência é de atender a essas
pressões. Mas se os eleitores se manifestam e alertam para o problema o político
“acorda”. Entre o “lobby” e o eleitor, sem nenhuma dúvida o político atenderá ao
eleitor. Isso porque o político está sempre pensando nas próximas eleições e o
“lobby” por mais dinheiro que tenha não vence o eleitor esclarecido. A única coisa
que convence o parlamentar é a possível perda de votos.

No caso particular do Congresso Brasileiro existe um forte “lobby” representado por
uma organização feminista - o CFÊMEA - Centro Feminista de Estudos e
Assessoria - muito bem financiado pelo UNICEF, Fundaçao Ford, Fundação
MacArthur, UNIFEM etc. Organizam seminários, debates sobre temas como aborto,
homossexualismo, educação sexual etc. Além disso trabalha com o GPEPD (Grupo
Parlamentar de Estudos de População e Desenvolvimento - grupo mantido pela IPPF
para mudanças na legislação). Definição de estratégias para votação e aprovação
de projetos de lei, elaboração de propostas de lei, redação de discursos, pareceres,
relatórios etc são atividades desenvolvidas pela “assessoria” mantida pelos
defensores da contracepção, do aborto, do homossexualismo.

O povo precisa ser informado disso para escolher seus futuros representantes. Além
do mais pressão dos eleitores através de faxes, telegramas, cartas, telefonemas,
artigos em jornais, entrevistas etc. são atividades lícitas para que projetos de lei de
interesses escusos não sejam aprovados no país.

4) Mecanismos de fortalecimento dos movimentos que trabalham em defesa
da vida. Enquanto os defensores da “cultura da morte” investem milhões de dólares
e têm um verdadeiro exército de funcionários regiamente pagos, os movimentos de
defesa da vida e da família vivem de esmolas e da generosidade de uns poucos
abnegados. É uma verdadeira luta de David X Golias.

O ingresso de voluntários nos movimentos pró-vida e a ajuda financeira para esses
movimentos muito ajudaria a luta em defesa da vida.

Em verdade constituem atividades desses movimentos: tradução e reprodução de
documentos, divulgação de informações, intercâmbio com outros movimentos
pró-vida no Brasil e no Exterior, participação em congressos e seminários, aquisição
e reprodução de material educativo: filmes, cartazes, livros folhetos etc.;
acompanhamento de projetos de lei nas assembléias legislativas e no Congresso
Nacional e informações do trabalho parlamentar, às bases políticas. Ademais, esses
movimentos arcam com despesas de fax, telegrama, correio, telefone etc.

Alguns movimentos se dedicam, também, ao aconselhamento em portas de clínicas
de aborto. É o caso do Movimento Arquidiocesano em Defesa da Vida do Rio de
Janeiro.

O trabalho voluntário para tradução de documentos (inglês, espanhol, francês, italiano
etc) é de grande valia. Às vezes uma simples ajuda no arquivamento de documentos,
recorte de jornais, envelopamento ou preparação de mala direta são trabalhos
indispensáveis em qualquer movimento que trabalha em defesa da vida.

Os recursos financeiros podem ser conseguidos com patrocínio para publicação,
contribuições mensais ou anuais de associados, promoções diversas etc.

Propostas de trabalho

1) Constituição de um grupo de estudos para estudar documentos e repassar
aos demais; (documentos da Igreja: “Evangelium Vitae”; Sexualidade Humana -
verdades e significado; manuais de educação sexual, projetos de lei de interesse da
vida e da família, documentos diversos relacionados com o controle de população)

2) criação de uma rede de informação-articulação para acompanhamento do
trabalho legislativo no que se refere a defesa da vida e da família;

3) grupo de palestras. Palestras sobre abortos, métodos naturais de planejamento
familiar, educação para a castidade;

4) grupo de finanças. Promoções, arrecadação de contribuições, ajuda na
manutenção dos trabalhos em defesa da vida, venda de material educativo (filmes,
folhetos, cartazes, adesivos, pezinhos etc)

Conclusão

As ameaças à vida e à família estão a exigir da sociedade uma ação concreta para
a construção de uma “cultura da vida” em substituição à “cultura da morte”. O
principal trabalho nessa ação é: informar, informar e informar. A desinformação da
sociedade é a principal arma dos promotores do aborto, da contracepção, do
homossexualismo como instrumentos do imperialismo antinatalista.

Bibliografia

01 - Implications of Worldwide Population Grown for U.S. Security and Overseas Inrterests -
NSSM 200 ("Relatório Kissinger"). A PROVIDAFAMÍLIA tem o documento completo em inglês e um
extrato já traduzido para o português.

02 - Inventory of Population Projects in Developing Countries Around the World - Publicação
do Fundo de População das Nações Unidas - publicação bi-anual. A PROVIDAFAMÍLIA tem o extrato
dessa publicação na parte referente ao Brasil.

03 - “Evangelium Vitae” - Encíclica do Papa João Paulo II, Cartas às Famílias encontrados nas
livrarias Vozes, Paulinas.

04 - Sexualidade Humana - Verdades e Significado - Orientações educacionais em família,
documento do Pontifício Conselho para a Família, encontrado em livrarias católicas.

05 - Cartilhas e manuais de educação sexual publicadas pelo MEC e MS - encontradas nas
escolas e secretarias estaduais de educação.

06 - Filmes: “O Grito Silencioso”, “A Dura Realidade” e “Os primeiros Dias de Vida” -
distribuídos no Brasil pela PROVIDAFAMÍLIA

07 - “Boletim Informativo” e “apostilas” publicadas pela PROVIDAFAMÍLIA.

08 - Aborto: Aspectos Políticos - Prof. Michel Schooyans, Editora Marques Saraiva

09 - Aborto Direito à Vida - João Evangelista dos Santos Alvesl, Dernival da Silva Brandão e outros -
Agir.

10 - Projetos de Lei de interesse da vida e da família, em tramitação no Congresso Nacional.

11 - Relação dos deputados e senadores por estado e partido, com indicação de partido,
endereço parlamentar, telefone e fax.

(Palestra proferida para Pastoral Familiar - Goiânia 26.04.97)

Nenhum comentário:

Postar um comentário